sexta-feira, 10 de abril de 2009

e isso nem me convém.

As cartas que não escrevi,
de certa forma estão dispostas aqui.
Não que eu creia que um dia tu lerás as vãs palavras que escrevo,
nem que eu queira que em vão tu leias um dia tais palavras,
mas estão aqui e estarão até quando eu não dispor de conteúdo para traduzir.

As cartas que não escrevi,
estão guardadas em mim de um jeito que não conseguirás decifrar,
ao menos que tu venhas aqui e leias.

As cartas que jamais escrevi,
estão em cada olhar vazio
e em cada suspiro calado,
em cada atitute limitada.
As cartas que não ousei escrever,
sempre estiveram em mim e talvez em você
e hoje disputam lugar com a imensa poeira
que há na gaveta, não tão vazia, de minha memória.

Cartas... que jamais receberás.