quinta-feira, 26 de março de 2009

pode acabar sendo fatal.

Freneticamente sinto as metades do meu ser se convergindo como placas tectônicas, ocasionando abalos sísmicos irreversíveis, em conseqüência disso os terremotos ao longo de minha estrutura corporal são uma constante. Vezes atingem apenas 2° na escala Richter (nada além de breves e pífios tremores), outras chegam a alcançar quase 10° destruindo furiosamente o que um dia foi sólido, colocando em ruínas tanto em tão pouco tempo. È... Assim são os terremotos. No fim, é tudo apenas uma questão de geografia, única e exclusivamente geografia.

quarta-feira, 18 de março de 2009


Sabe aquele dia que você simplesmente pára e se pergunta: "Por que"? Sabe aquele bendito dia que você não vê sentido em nada do que fez? E o dia que você decide jogar tudo que não lhe faz bem pro alto, você sabe? Ou talvez aquele dia em que o medo não se encontra em seu vocabulário, sabe? Sabe aquele poderoso dia que você não se importa com os perigo, só quer arriscar e ponto final? Sabe esse dia? Pois é... HOJE.

segunda-feira, 16 de março de 2009

eu quero reviver o que existe nas miragens que ninguém mais crê.

Faz-me reviver. Permita-me começar de novo. Ah! Reviver. Não sei ao certo se são suas cores, ou suas formas, mas algo em você dá luz àquela vida que jazia, enfim, dentro de mim. Recarrego minhas forças naquilo que presumo ver, almejo tocar e sonho em saber. Quantos amores perdidos, homicídios dolosos, vitórias suadas e derrotas sofridas estão impregnadas nas fendas desses paralelepípedos irregulares? Quanto de tuas descamadas paredes são frutos de enleios furtivos ou brigas levianas? E quanto das marcas, destas, são resultados do apoio que disponibilizaste em circunstâncias diversas? Especulações volúveis... tanta história vivida, quanta história viva. Que os posteriores desse mundo vão, saibam por essas trilhas de pequenas pedras andou alguém que sofria, e por esse caminho - esse alguém - derramou lágrimas e com o mesmo espírito nostálgico, enxugou-as. Que saibam quiçá, que neste lugar embebido de vida, alguém reviveu. Então, se sonhar possível for, continues a fazer reviver, Reviver!

sábado, 14 de março de 2009

é que um carinho às vezes cai bem.

"Eu queria ver no escuro do mundo, aonde está o que você quer, pra me transformar no que te agrada, no que me faça ver quais são as cores e as coisas pra te prender."






















limitos meus sonhos a um abraço.

quinta-feira, 12 de março de 2009

o medo de perder ou a incerteza de encontrar.

Cà me encontro, sorreateando o tempo de maneira incomum. Cada passo dado é um progresso, todavia remota-me incessantemente um passado breve. A certeza que outrora sustentava meu tédio, agora invade minha memória saudosamente. Fazê-lo como se não houvesse amanhã, uma solução, um medo... que medo. E se não houver ? Entregar-me-ei à onda que mais longe me arrastar. Perder é pior que nunca ganhar. Minh'alma clama por tua atenção, meus desejos e sonhos são torpes, ambicionam inutil e desonestamente o teu ar, tua presença, teu ser. A melodia doce me leva por entre paralelepípedos irrelugares. Caminho em busca de algo que não conheço, procuro em fendas algo que não esqueço, esqueço. Me mantenho no movimento inerte que insiste em me conduzir de maneira insciente, portanto vou. Ou não.

domingo, 8 de março de 2009

trocando passos com a solidão.

Pela manhã, praia, o sol apesar de escondido se faz presente, a comida, a bebida e o ambiente contribuem harmonicamente para perfeição. No final da tarde, peça - aliás, uma ótima peça - daquelas que desperta risos e sorrisos mais que suficientes. À noite boa comida, ótimo ambiente, agradável companhia. Enfim, tinha tudo pra ser um maravilhoso dia, mas à ela falta algo que não lhe deixa ser intensa como de costume. O misto de saudade, culpa, raiva e ilusão, destinados a diferentes pessoas, não a permite pensar no externo, apenas naquilo que dói dentro de si. Ela precisa tomar uma decisão, em contrapartida tudo é incerto a seus olhos. Ela não sabe como seguir, mas também não pode parar.







Triste paradoxO

sexta-feira, 6 de março de 2009

cantar a beleza de ser um eterno aprendiz.

Mais um dia começa e eu estou envolta em uma sensação já tão conhecida por mim: sede de vida. Quero um dia cansativo, quero provar da fruta mais doce e da mais amarga, fazer a coisa mais simples e a mais improvável, dançar o melhor e o pior ritmo, dizer não, dizer sim, errar, acertar, sorrir, chorar... VI-VER !
Quero tudo e quero agora. Já esperei tanto por isso, já gastei todas as minhas forças desejando em vão, hoje eu quero fazer diferente, quero fazer a diferença no que eu chamo de vida.

quarta-feira, 4 de março de 2009

um direito ainda que profano.


Como já afirmava meu admiradíssimo Nietzsche: "Amamos o desejo, não o desejado!”
Se você não passou por uma experiência, na qual possa constatar a veracidade dessa informação, acredite nas palavras de quem vive isso: é FATO!
Meu caro, os seres humanos são - com o perdão da palavra- grandes filhos da puta e netos dela também, visto que estas não deixam de serem seres humanos e assim segue o ciclo na mesma linha de raciocínio... Sim! Mas retomando a oração principal, como estes conseguem desejar algo de forma tão veemente por tanto tempo e quando simplesmente conseguem o "bêjeto" almejado têm a cara-de-pau de se perguntar: "Será era isso mesmo que eu queria?" Aaaaaaaaaah, meu amigo me compre um bode!
Que filhadaputagem grande (retomo meus pedidos de desculpa) é chegar, nessa altura do campeonato, à conclusão que a fruta é sempre mais doce quando ainda está no pé.
Nós, humanos, aos quais foi conferido o título de únicos seres racionais do mundo não fazemos uso de nossos bilhões de neurônios quando se trata de desejo, atração, amor, amizade, ou qualquer outra coisa que mexa com a emoção, e nem adianta vir com esse papinho clichê de que o coração é mais sábio que a razão, até porque quem controla nossos sentimentos é o nosso queridíssimo e paradoxal CÉREBRO, o mesmo tem função de coordenar razões e emoções (juntamente com sistema nervoso, e outros que não entram no mérito da questão no momento), assim sendo de que serve este rótulo? RACIONALIDADE BURRA!
Em contrapartida temos como seres classificados vivos, porém irracionais, diversos exemplos de animais com comportamento monogâmico... Veja só que coisa simples, você se apaixona por uma criatura de sua mesma espécie e esse simples ato traz implícito que você deva permanecer com ela até que a morte os separe, sem que padres, pastores, macumbeiros, ou qualquer outro representante religioso precise lhe dizer isso perante inúmeras de pessoas que muitas vezes estão presenciando tal cerimônia por causa do Buffet (mas essa também é outra questão que não vem a ser discutida no momento). Não seria simples sermos como as baleias, um exemplo de animal monogâmico? Não?! È, talvez quem sabe... NÃO!

segunda-feira, 2 de março de 2009

tanto clichê, deve não ser.

E mais uma vez ela está no mesmo lugar, se esforçando pra tornar palavras o que é sentimento, as lágrimas nos olhos viraram rotina, rolam como se quisessem lavar a ferida que há dentro de si, como sempre, em vão...
Esses últimos dias ela viveu emoções (boas e ruins) tão intensas que tinha medo de dormir só pra não ter que acordar com aquela tão conhecida sensação de que tudo não passou de um sonho. Mas o período de fantasia acabou, ela recebeu um "Bem-vinda ao mundo real, minha cara", então tudo começou a ser como era antes, porém com uma peculiaridade: ela não tem mais com quem sonhar, com quem idealizar um conto de fadas , agora é tudo tão decepcionantemente real. A menina que dizia aos quatro ventos:"ele ainda vai ser o pai dos meus filhos"; aquela que queria cuidar dele como ninguém cuidou, hoje não consegue nem imaginar um futuro distante, ele não a permite, ele não SE permite. E ela deixou de sonhar...
Tanta admiração não se esvaiu em atos sujos, mas começa a se dissipar lentamente em indiferença. Ah! a indiferença não há nada que ela mais odeie nesse mundo e incrivelmente ele consegue cometer um erro tão fatal, em tão pouco tempo. Talvez por se confiar demais nos sentimentos dela, sentimento este que surgiu involuntariamente por ambos - ele não queria despertar e ela não queria sentir- mas ele desfruta disso como quem come uma fruta em baixo de uma árvore na certeza de que há exemplares suficientes para saciar sua fome até o dia que não quiser mais. Mera ilusão... dela e dele. Ela não é tão burra quanto ele espera que seja, e este não consegue sequer imaginar o tanto de maturidade que se esconde no olhar curioso que ela faz questão de disponibilizar. Quanto custa um pouco de gentileza? Palavras sem fundamentos ditos na hora certa às vezes trazem resultado. Ele deseja chegar onde nenhum outro chegou, um lugar que talvez sempre tenha sido dele, mas não se dá ao trabalho nem de fingir... "Se me quiser vai ser assim" qual a necessidade disso? Ela esperava que fosse diferente, aliás elas sempre esperam ... hunf, mu-lhe-res. Mas há um incógnita, tanta agressividade, tanto desprezo intrínseco em cada gesto não é comum, por que ele faz tanta questão de ser rude? O que ele esconde? Ela podia simplesmente tentar, mas não consegue chegar a uma conclusão, tem a felicidade nas mãos - por mais ilusória e efêmera que seja- mas se sente na obrigação de não magoar ninguém, somente a si mesmo, pra isso deixa de lado tudo que quis, porque seja ou não o que ela imaginou... é ele e pronto. Mas se acomoda novamente na vida pacata e contínua, esperando que alguém tome uma atitude por ela, pois a decisão já tomou faz tempo, mas felicidade é algo utópico demais para seus planos agora reais. Pode ser essa a peça que falta desse imenso e desordenado quebra-cabeça: alguém que faça por ela.
Quem sabe em um futuro próximo ele possa substituir o "Ela é chatinha demais" por um comentário mais sensato e não menos verdadeiro, talvez um "O carinho e admiração que ela sentia por mim, ninguém mais vai sentir".
Se um dia ele chegar a tomar ciência de tudo isso(impossível), certamente dirá: - "Você que quis assim", e ela se limitará a responder: "Eu quis você e nada além".