quinta-feira, 14 de maio de 2009

navengando eu vou sem paz.

Um dia - não sei bem quando - li sobre um tal de 'inferno astral'. O texto dizia algo como: Tudo dará errado em torno dos 30 dias que antecedem seu aniversário. Isso mesmo, nada dá muito certo no mês antes do seu tão esperado (ou não) aniversário, você já percebeu? Pois é o que dizem. Então... Identifiquei-me com algumas das características desse fenômeno astrológico, pois ultimamente meu saldo não anda muito positivo:

  • Dois dedos temporariamente inutilizáveis (ta! podem ler: fudidos);
  • Vulcões ferozes entrando em erupção constantemente em meu rosto;
  • As pessoas comentando de tais erupções em intervalos de 10 minutos;
  • Alguns - talvez, milduzentosecinquentaedois - trabalhos, de professores desprovidos de satisfação carnal ( esforce-se para não ler: mal comidos);
  • Inúmeras pessoas ao meu redor com aqueles vírus: invejolis cobrinariuns, antipatialocus frescurentis, indiferenciunt doloriada, etc. (pelamordeDeus! Se você, querido leitor desocupado, souber um antídoto - qualquer coisa mesmo - contra tais vírus... me avise com máxima urgência, Obg.);
  • Uma gripe que não se satisfaz em agir solitária e feliz tem que chamar pra festa todas as 'ites'... Sinusites, rinites, frecurites;
  • Criaturas em meu dia-a-dia (ok, deixo você ler: guerra) que não são simples criaturinhas quaisquer, são propagandas ambulantes de passagens só de ida para qualquer ilha deserta no fim do mundo...

Enfim, eis o tal do inferno astral descrito em sua plenitude e originalidade.

Ah! Ia esquecendo o detalhe: ainda faltam exatos 258 dias para o meu aniversário.

teu corpo com amor ou não.

O teu vulto me chama atenção; tudo é estranhamente novo pra mim. Em um dia comum eu me aproximaria de maneira sutil e sentiria meu coração acelerar num ritmo suave e saudável a cada centímetro mais perto... Mas não hoje. Não consigo deter meus olhos que suplicam por mais da imagem que rapidamente se desfez. E eu sigo cegamente o comando e procuro saciar a súplica que arde em mim. O mundo pára. Me limito a admirar-te passar, tão sereno, calmo e indiferente, como nunca outrora, teu olhar tão distante e vazio... Em segundos o turbilhão de questionamentos irrita-me como zumbidos incessantes em meu ouvido. As perguntam caem como pedras – pesadas, doídas, sólidas – ao meu redor. E permanecem fixas em meu pensamento: Tu estás tão feliz a ponto de não notar minha presença naquele ambiente familiar? Ou seria a tristeza que te aflige? Nenhuma resposta. A realidade me prende; me cala; me ensurdece. Tudo se finda do mesmo modo que se iniciou.