terça-feira, 27 de julho de 2010

Doces deletérios.

Permeia com teu sorriso tantos outros penares que resta à minha ânsia, acalmar-se e às minhas palavras, calar-se (...)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Então é assim que a vida faz?

O brilho que ofusca minha lucidez já não vem dos teus olhos. Já não procuro reconhecer os teus traços em meio à faces que desconheço. Já não é o teu sorriso que faz o meu coração saltar. Já não é você. Não depois de todo esse tempo. Ainda assim, não faltaram olhos brilhantes, traços perfeitos e sorrisos inconfundíveis. Eis então o curso natural das coisas, que tanto penei para entender: As cenas são as mesmas, o que mudam são os personagens. A lástima não era por você, era somente pelo papel que você exercia.

terça-feira, 13 de julho de 2010

E com respeito trate a minha dor.

Chorei, senti raiva e estive magoada. Eu que desde cedo aprendi a reagir com frigidez a tudo aquilo que não me convinha. Eu que sempre me mantive indiferente, e quando muito, nutri uma superficial ojeriza por calúnias vãs, que não surtiam nenhum efeito sobre mim. Tive tantas vezes pena. Pena da brutalidade gasta sem necessidade, que ia sempre de encontro á minha alienação tão bem trabalhada e sólida. Eu realmente não me importava. Mas hoje eu chorei, senti raiva e estive magoada. Assim dessa maneira explícita e vergonhosa. Tive meu motivo e ainda o preservo. Sábio aquele que disse: O tapa sempre dói mais quando vem perto. E ainda assim, apesar da dor profunda e da ferida aberta, eu ofereço minha outra face. E peço-te para que não confies na minha santidade, e mantenha o seu rosto longe das minhas mãos. Porque apesar de suave, o tapa foi dado de perto. E isso eu jamais esquecerei.