sexta-feira, 8 de outubro de 2010

As it used to be

Venha a mim, você sabe tão bem onde me encontrar. Eu continuo no mesmo lugar, com os mesmos grandes sonhos nessa mochila tão pequena. Eu continuo onde você um dia me encontrou, provando dos mesmos gostos, sentando nos mesmos lugares, andando pelas mesmas ruas e tendo os mesmos hábitos. Tudo isso como forma de materializar pelo menos um pouco que seja de você. Venha a mim, conte-me o quão maravilhoso é o mundo lá fora e tudo que você experimentou. Mostre-me que você ainda possui o lindo olhar pelo qual me encantei e me mantenho no igual encanto desde então. Discorra sobre seus novos anseios, suas dúvidas ou quem sabe sobre as respostas que você encontrou durante todo esse tempo. Venha a mim, sorria da maneira vil e contagiante, olhe-me com todo o desejo e hostilidade de sempre. Você que de mim possui tanto. Você que de mim possui tudo. Venha a mim ainda que por pouco tempo. Devolva aos meus olhos o brilho que eles apresentam quando te vêem. Devolva ao meu coração um balanço ritmado e ofegante. Devolva a paz que eu encontro no teu abraço. Devolva a minha vida que você levou na bagagem no dia que partiu. Venha a mim, volte.