quinta-feira, 2 de julho de 2009

todo mundo gosta dela na mesma doce ilusão.

Eu sei, é tarde.
Até vejo os primeiros indícios de sol.
Mas é que eu não podia esperar, não mais.
Eu queria estar aqui, eu talvez não devesse estar, mas queria.
Ainda quero e estou.
Sei, não consigo te olhar nos olhos.
Não com a mesma intensidade de antes.
Mas olho-te com a alma, com a minha alma de sempre.
Não consigo chegar mais perto o tempo foi sorrateiro,
levou toda confiança que consistia minha base, outrora sólida.
E o vento que tu descreves se encarregou de levar pra longe dos meus sentidos
toda imagem e resquício teu que me sobrara.
As palavras me fogem como ar neste exato momento.
Talvez eu não tenha querido estar tanto quanto eu pensei querer.
Quem sabe eu nem sequer queira de verdade.
Não, já disse que não gosto que fales da minha inconstância, por favor!
Esperei por longos e amargos dias estar aqui,
E agora aqui me encontro; tenho-te em face à minha loucura
Descubro que este não é meu lugar.
Desde sempre.
Desde os tempos que o meu 'sempre' que era o teu 'agora',
Até o dia de hoje que teu 'talvez' é o meu mais consciente 'nunca'.
Boa noite!



E não se esqueça de fechar a janela.