quinta-feira, 2 de julho de 2009

no he can't read my poker face.

Querido Príncipe Encantado,

Tomo a devida liberdade de vir aqui através deste, explanar aos poucos interessados o lado real subtraído dos contos de fadas hipócritas e lineares.

Olha só, tenho que dizer-te certas verdades que estão entaladas em minha garganta há alguns séculos. Sim sim, eu sei que meu papel desde os primórdios é ser gentil, inocente e delicada, mas os tempos já não são os mesmo, meu caro. E outra, eu não serei menos de tudo que sou por meia dúzia de verdades, não é mesmo?

Começaremos então pelo conselho principal: Se não farás não prometas. Nada de castelos, dragões ou beijos que libertam-nos de um sonos profundos, por favor. Bem, continuando com as reclamações sutis: Esse cheiro irrita meu nariz, já te falei isso antes? Não, não gosto desse escuro e mais, pouco me importo se os teus olhos doem por quaisquer que sejam os motivos. Então quer dizer que a minha ingenuidade te incomoda? E a tua mania de querer se sobressair em todos os momentos que me enoja?
Sim, foi verdadeiramente chato e maçante ouvir-te falar sobre caráter, hombridade, maturidade e blá blá blá... Sucintamente: tudo aquilo que você só conhece de nome. Ao contrário do que pensas não me instigas nenhum mistério. E só a titulo de comentário, aquele papinho retirado de um script mexicano qualquer sobre “ninguém conhece minha verdadeira face”, está um tanto quanto desatualizado, não achas?

Pare! Pare de falar do futuro como se você fosse o escritor dele. Não és capaz de escrever nem sequer seu hoje; E é óbvio que eu não poderia deixar de citar os apelidos... Querido, esses apelidos piegas você mesmo que cria? Ou pediu emprestado do bobo da corte vizinha? E por fim, quero deixar claro que você não é tão bonito quanto te pintam, e muito menos o quanto imaginas que seja.

Exposto isso, espero amistosamente que não guardes com amargura estas minhas doces palavras... No fundo (bem fundo) eu gosto de você e quero o seu bem.

Para o não mais príncipe encantado.

Da sua não menos princesa.