O dia perfeio pára na esquina e diz: good bye.

Eram 05h00min da manhã, acordei com o pouco de sol que tinha, ainda não estava ensolarado, mas já era claro que a manhã chegara. O dia estava normal como tantos outros, mas algo dentro de mim estava incomum... Eu acordara com sede de vida. A sede dentro de mim era intensa, sede de viver tudo aquilo que não tinha vivido até então. Desejei sair adentro daquela manhã fria, parar em um bar qualquer onde houvesse pessoas que outrora não se fariam presente no mesmo ambiente que eu; tomar uma bebida quente, que me fizesse sentir que dentro de mim há vida pulsante; fumar um cigarro, sentir a fumaça penetrando em meus pulmões e num golpe de ar vê o desenho que ela formaria ao ser expulsa de mim; dançar uma música brega, dançar por dançar, dançar por querer... Sentir a melodia desta me balançando sem que eu precise fazer qualquer esforço; feito isto sairia por entre ruas desertas, habitadas apenas por árvores, sem rumo, sem preocupações... Sentiria o vento gelado batendo no meu rosto quente; Descobriria que a vida não é feita de movimentos precisos, palavras decoradas, atitudes bem pensadas, rotina; Ouviria o canto dos pássaros livres, há quem discorde, mas existe uma grande diferença no canto dos livres; Caminharia, pararia, sorriria comigo mesma, até que meu corpo implorasse descanso e a satisfação preenchesse o meu ser... Este era meu desejo, assim que voltei à realidade percebi que não bastava apenas imaginar, era preciso agir, a minha sede continuava ainda mais viva dentro de mim. Foi então que decidi me mover...

Tomei um copo d’água, voltei pra cama e dormi :*